A amizade humana, uma herança genética
De fato o ser humano pôde se desenvolver como sociedade e progressar até os dias atuais pela sua incrível capacidade de adaptação, mas também pela socialização. Ou seja, os grupos hominídeos que melhor sobreviviam as intempéries da vida, eram aquele que se organizavam em grupos e compartilhavam responsabilidades no grupo social.
Apesar da digitalização das relações, ainda somos pessoas extremamente sociáveis, talvez até mesmo a facilidade de se relacionar pelas redes sociais fortaleceram vínculos. Como também diminuiu fronteiras entre relacionamentos afetivos em todo o mundo. Além da questão histórica, novos estudos apontam que a amizade tem relação genética.
O homem e a mulher não podem ser amigos?
Decerto, um estudo da universidade de Winsconsin diz que a amizade entre homens e mulheres é um fenômeno recente. Além do mais quando as pessoas envolvidas são heterossexuais, resulta complicado escapar dos momentos de sedução e tensão sexual. Contudo o tabu que um homem e uma mulher não podem ser amigos realmente, não existe.
Contudo, depois de passar a primeira fase da atração sexual, uma amizade entre um homem e uma mulher é totalmente plausível. Ou seja, a atração física e o interesse sexual não dependem genuinamente da disponibilidade ou simplesmente da diferença de sexo. Mas sim de um conjunto d fatores.
Animais também fazem amigos
Qual seria a terminologia científica adequada para determinar a amizade? Com o intuito de responder essa intrigante pergunta, muitos cientistas analisaram o comportamento de alguns grupos de animais. Desse modo foi concluído que, pelo menos, os chimpanzés, babuínos, cavalos, hienas, elefantes, morcego e golfinhos são capazes de formar vínculos duradouros por todas suas vidas.
Ademais foi documentado muitas amizade entre uma tartaruga centenária e uma jovem hipopótamo no Quênia. Entretanto, qual a função seletiva da amizade em grupo de animais? A resposta foi relativamente simples, já que os amigos apresentavam uma saúde acima da média. Além disso, sofriam muito menos estresse e um maior sucesso reprodutivo.
Empatia, um efeito colateral da amizade
Provavelmente desenvolvemos muito mais a nossa capacidade de nos colocar no lugar do outro quando nutrimos amizades duradouras e verdadeiras. Ou seja, além de poder contar com o auxílio das nossas amizades, também somos referência para os amigos mais próximos. Por essa razão fortalecemos ainda mais o nosso sentimento de empatia de maneira empírica.
Ademais, alguns pesquisadores descobriram que a atividade de uma pessoa que está em perigo é refletida na de seu amigo quando em certas ocasiões. Em outras palavras o nosso sentido de “eu” inclui a outras pessoas próximas, assegura o psicólogo e diretor da pesquisa. Literalmente nos sentimos ameaçados quando nossos amigos também estão.
A internet impulsionou ainda mais as relações de amizade
Com o intuito de entender como funcionas as relações de amizade entre os humanos o antropólogo Robin Dunbar da universidade de Oxford, desenvolveu uma extensa investigação. Desse modo, os resultados obtidos estudando a grupos sociais dos primatas, chegou a conclusão de que cada indivíduo poderia manter um máximo de até 150 relações significativas ao mesmo tempo.
Entretanto Dunbar não contava com a internet e a explosão das redes sociais, muito menos seu efeito na sociedade e a nova maneira de se relacionar através delas. Ou seja, de acordo com esse fenômeno ele concluiu que a tecnologia potencializa a nossa capacidade de memória. Em consequência disso a nossa capacidade de manter amizades significativas e que realmente representem algo importante na vida da pessoa e vice-versa.